Fonte da imagem: Reprodução/Phys.org
A muito tempo se sabe que a água quente congela mais rápido que a água fria (fenômeno conhecido como efeito Mpemba), mas desde o tempo de Aristóteles até os dias atuais ninguém foi capaz de oferecer uma explicação razoável para o fenômeno. Entretanto, o time de Singapura quer mudar esse quadro e resolver o enigma: o fenômeno acontece, segundo eles, devido a pequena quantidade de energia armazenada em pontes de hidrogênio "esticadas". Calma, você vai entender.
Como todo mundo sabe, moléculas de água possuem um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio - todos unidos por ligações covalentes (compartilhamento de elétrons). Além disso, nas moléculas de água, os átomos de hidrogênio também são atraídos pelos átomos de oxigênio de outras moléculas de água - força chamada de ponte de hidrogênio. Mas, ao mesmo tempo, essas moléculas como um todo também são repelidas umas pelas outras. Tendo isso em mente, fica mais fácil de entender a explicação da equipe.
O time em Singapura notou que quanto mais quente a água fica, mais distantes ficam as moléculas de água devido a força de repulsão entre elas. Isso, segundo eles, força as pontes de hidrogênio a ficar "esticadas", e esticar a ponte significa que existe armazenamento de energia. Essa energia é liberada a medida que a água é resfriada, permitindo que as moléculas fiquem mais próximas umas das outras. A água quente possui mais pontes de hidrogênio esticadas do que a água fria, por isso, armazena mais energia e tem mais a liberar quando exposta a baixas temperaturas. É por isso, dizem os pesquisadores, que a água quente congela mais rápido.
É importante lembrar que até agora, esses resultados são apenas teoria. Eles ou outros grupos de cientistas ainda precisarão achar uma maneira de provar o que foi sugerido pra acabar de vez com esse enigma.
Fonte: Phys.org
Fonte da primeira imagem: Reprodução/Manual do Mundo.
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